Resenhas
& Comentários
Coleção
Reflexões Sobre a América Latina
- CEFIL, Campo Grande, 1991-1992
Sírio LOPEZ VELASCO.
Reflexões Sobre Filosofia da Libertação,
Campo Grande, Cefil, 1991, 197 pp.
Márcio Luis COSTA.
Educação e Libertação na América Latina,
Campo Grande, Cefil, 1992, 112 pp
Jesus Eurico M. REGINA.
Filosofia Latino-Americana e Filosofia da Libertação,
Campo Grande, Cefil, 1992, 154 pp.
José Luiz AMES.
Liberdade e Libertação na Ética de Dussel,
Campo Grande, Cefil, 1992, pp. 165
Sirio LOPEZ VELASCO.
Ética de la Producción: Fundamentos, Campo Grande,
Cefil, 1994, 88 pp.
Sirio LOPEZ VELASCO. Ética
De La Liberación , Campo Grande, Cefil, 1996, 86 pp.
Kwame Anthony APPIACH.
Na Casa de Meu Pai: A África na Filosofia da
Cultura. Contraponto, Rio de Janeiro,
1997, pp. 304.
Armando LAMPE (org.) Ética
e a Filosofia da Libertação Petrópolis, Vozes,
1995
Ilda Righi DAMKE.O
Processo do Conhecimento na Pedagogia da Libertação.
As Idéias de Freire, Fiori e Dussel
Petrópolis, Vozes, 1995, 165pp.
Enrique DUSSEL. Filosofia
da Libertação - Crítica à Ideologia da Exclusão
São Paulo, Edições Paulinas, 1995
Samuel SILVA GOTAY. Cristentum
und Revolution in Lateinamerika und der Karibik.
Carlos MATO. Antropocentrismo/Humanismo,
Montevidéu, Editorial Roca, 1995
VÁRIOS. Bibliografia
Básica para Construção de Curso de Filosofia.
Juiz de Fora, UFJF, 1996, 98 pp.
O conteúdo dos artigos são de inteira responsabilidade de
seus autores.
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Coleção Reflexões Sobre a América Latina -
CEFIL, Campo Grande, MS - Brasil
A série Reflexões
Sobre a América Latina, editada pelo CEFIL - Centro de Estudos e
de Pesquisas de Filosofia Latino-Americana, possui quatro títulos
publicados entre 1991 e 1992. São eles Reflexões Sobre
Filosofia da Libertação, de Sírio Velasco; Educação
e Libertação na América Latina, de Márcio
Luis Costa; Filosofia Latino-Americana e Filosofia da Libertação,
de Jesus Eurico M. Regina e Liberdade e Libertação
na Ética de Dussel, de José Luiz Ames. Os comentários
que ora apresentamos saobre estes trabalhos, circularam originalmente no
boletim Livre-Filosofar 3(7):4-6 nov 92. Outros dois livros
de Sirio Lopez Velasco - Ética de la Producción: Fundamentos
e Ética de la Liberación [Oikonomia] - também
fram publicados pelo CEFIL. Não tendo a editora um sistema de distribuição
que alcance todo o país, os interessados em adquirir alguma dessas
publicações podem escrever para : CEFIL, Rua Brilhante, n.
2.699 - Vila Bandeirantes, CEP 79006-560, Campo Grande, MS - Brasil.
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Sírio VELASCO. Reflexões
Sobre Filosofia da Libertação,
Cefil, 1991, 197 pp.
"Reflexões Sobre Filosofia da Libertação"
é uma coletânea composta por dez artigos elaborados pelo professor
Dr. Sírio Lopes Velasco no período de 1987 a 1991 sobre temas
de Filosofia da Libertação.
Conforme comenta o professor Dr. Jesus Eurico
Miranda Regina na apresentação da obra, "a temática
das questões abordadas pelo autor centraliza-se em dois pontos fundamentais:
a) Sobre a formulação de um pensamento filosófico
original e autêntico, desde a realidade atual da América Latina.
São questões que, pela formulação recente do
pensamento filosófico da libertação ainda não
foram totalmente desenvolvidas. Dizem respeito a aspectos da realidade
e vivência dos latino-americanos que precisam ser incluídos
na tematização filosófica. Com isso, se entende que
fazer filosofia na América Latina (como em qualquer outro
lugar do mundo) é refletir sobre a realidade que se vive, descobrindo
nela as contradições de nossa convivência impostas
pela colonização capitalista e mercantilista, a partir do
século XVI, e ainda presentes nas estruturas de nossa sociedade
atual. É o pensamento filosófico da libertação
tematizando a América Latina e seus 500 anos de realidade, dependência
e dominação. b) A crítica interna da própria
filosofia da libertação. Referem-se a algumas críticas
à filosofia da libertação nas formulações
elaboradas por Enrique Dussel, com vistas ao seu aprimoramento. Entende-se
com isso que a filosofia da libertação não se
põe como um pensamento completo e acabado, mas admite revisões
constantes e necessárias, a partir da dinâmica da vida das
diferentes sociedades. Essa Crítica mostra-se como indissociável
à reflexão filosófica."
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Márcio Luis COSTA. Educação
e Libertação na América Latina,
Cefil, 1992, 112 pp
Este ensaio analisa a aproximação
entre a pedagogia libertadora de Paulo Freire e a pedagógica de
Enrique Dussel, parecendo haver muitos pontos convergentes entre ambas.
Conforme o professor Dr. Sírio Velasco,
"este ensaio fornece subsídios sólidos, tanto para o educador
interessado em se aprofundar na fundamentação filosófica
da pedagogia proposta por Freire como para o filósofo desejoso de
pesquisar a 'concretização' real-possível no fazer
educacional cotidiano da pedagógica dusseliana".
Segundo comentários do professor Arcides
Favaretto, a contribuição maior deste livro é a "
linha do aprofundamento do debate entre intelectuais e lideranças
populares empenhadas na transformação da sociedade. Aqui
percebemos a pertinência da tentativa feita pelo autor de confrontar
o Projeto Pedagógico com a prática dos Movimentos Populares",
salienta.
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Jesus Eurico M. REGINA. Filosofia
Latino-Americana e Filosofia da Libertação,
Cefil, 1992, 154 pp.
Trata-se da publicação da dissertação
de mestrado do autor apresentada em 1988, na qual desenvolve o tema trabalhando
a proposta de Enrique Dussel em relação às posições
de Augusto Salazar Bondy e de Leopoldo Zea.
Conforme o autor, "a proposta de uma filosofia
latino-americana, com uma filosofia da libertação de Enrique
Dussel oferece instrumentos adequados e seguros para um estudo sério
sobre a autenticidade, originalidade e caráter do filosofar latino-americano,
temas que têm sido objeto de amplo debate".
O presente livro divide-se em três
capítulos: 1. Histórico do Pensamento Filosófico Latino-americano;
2. A Filosofia da Libertação - A Proposta de Enrique Dussel;
3. Pontos de Comparação Entre a Filosofia de Enrique Dussel
e as Posições de Augusto Salazar Bondy e Leopoldo Zea, no
Debate sobre a Filosofia Latino-americana.
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José Luiz AMES. Liberdade
e Libertação na Ética de Dussel,
Cefil, 1992, pp. 165
Percorrer o discurso dusseliano não é
tarefa fácil, pois seu discurso denso, nem sempre é suficientemente
preciso, especialmente no período de emergência da filosofia
da libertação. Entretanto, a reflexão dusseliana é
uma das grandes contribuições do pensamento latino-americano
para a filosofia e um valioso marco conceitual para a reflexão filosófica
articulada à práxis de libertação. Conforme
Pedro Gambin, neste trabalho de Ames, originalmente apresentado como
dissertação de Mestrado em Filosofia, na PUC-RS (1987), "
encontra-se o esforço de leitura crítico-compreensiva de
um dos temas fundamentais do pensamento dusseliano - sua filosofia ética
- abrangendo a primeira 'fase' de desenvolvimento de sua reflexão".
A obra constitui-se em um instrumento auxiliar para " percorrer o universo
teórico dusseliano, compreender as categorias fundamentais e as
teses básicas de sua ética da libertação".
Realiza também um debate crítico-construtivo em torno das
teses defendidas por Dussel neste período.
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Sirio LOPEZ VELASCO. Ética
de la Producción: Fundamentos,
Cefil, 1994, 88 pp.
Conforme
o prefácio do professor Jesus Eurico Miranda, "com a busca dos fundamentos
filosóficos da produção, procura-se nesta obra refletir
sobre uma alternativa para a sociedade em que pessoas livremente associadas
possam, de modo concreto, decidir sobre o trabalho e sua produção
resultante. Reflexão essa repleta de argumentos embasados não
só em proposições lógico-racionais, mas também
nos fundamentos da própria vida humana. Esta alternativa, que nos
tem sido negada total esistematicamente dentra da realidade capitalista
na qual vive a maioria das nações do mundo atual. Situação
esta muito claramente explicitada e denunciada por Marx em sua extensa
obra, a mais de cem anos. // Apresenta-se nesta obra uma proposta que ultrapassa
os limites da ética tradicional, estabelecendo normas éticas
da produção, que possam assegurar a sobrevivência dos
seres humanos em uma comunidade de produtores que decidam consensualmente
sobre os atos ligados à produção, distribuição,
intercâmbio e consumo."
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Sirio LOPEZ VELASCO. Ética
De La Liberación,
Cefil, 1996, 86 pp.
Este trabalho
resulta da continuidade da reflexão publicada no livro precedente,
ficando intocado o capítulo dedicado à explicitação
dos fundamentos lógico-lingüísticos de sua proposta.
Através deles o autor busca esclarecer a gramática da pergunta
"Que devo fazer?" e deduzir transcendentalmente normas éticas
dotadas de validade intersubjetiva. Para tanto, como afirma
o próprio autor na introdução, seria necessário
distinguir dois momentos: "No primeiro deles estabeleço a proto-norma
e duas normas da Ética em um processo dedutivo que se apoia na consideração
das condições necessárias à 'realização
feliz' daquela pergunta. Em um segundo momento recupero uma das duas normas
obtidas em 'Ética da Produção: Fundamentos', a saber,
a norma ecológica, deduzida a partir do que é condição
da própria existência daquela pergunta."
Partindo da pergunta "Que devo fazer ?", considerada
pelo autor como "o ponto de partida efetivo da questão ética,
assim como ela se constitui na linguagem natural", Sírio Velasco
avança na reflexão das condições de felicidade,
no sentido de Austin, desta pergunta. Assumindo o " ‘a priori consensual
da argumentação’ desvelado na ótica transcendental,
a partir das reflexões devidas a Charles Sanders Peirce, por Karl-Otto
Apel", assumindo o procedimento de deduções transcendentais,
avançará na reflexão sobre as condições
histórico-materiais do ato argumentativo, que fora simplesmente
considerado como "dado" por Apel, sem preocupar-se com tais condições.
O livro se divide em oito capítulos: 1. Ética, moral e linguagem;
2. A Proto-norma da ética; 3. A Primeira norma da ética:
da liberdade; 4. A Segunda norma da ética: do consenso;
5. O Trabalho alienado no capitalismo; 6. Ética e crítica
do trabalho alienado; 7. A norma ecológica; 8. Libertação
e ecomunitarismo.
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Kwame
Anthony APPIACH. Na Casa de Meu Pai: A África na Filosofia da
Cultura.
Contraponto, Rio de Janeiro, 1997,
pp. 304
(Resenha feita por Gisele Moura Schnnor)
Na Casa de Meu Pai: A África na Filosofia da
Cultura é considerado um dos livros mais importantes deste autor
africano, doutor em filosofia pela Universidade de Cambridge e professor
titular de estudos afro-americanos nas Universidades de Yale, Cornell e
Duke, e de filosofia na Universidade de Harvard.
Este texto possui tanto um caráter interdisciplinar,
pois incursiona pela biologia, filosofia, crítica e teoria literárias,
sociologia, antropologia e história, quanto intercultural,
pois discute idéias africanas, norte-americanas e européias.
Faz uma crítica à própria idéia de raças
humanas; mostra como a tentativa de construir uma identidade africana levou
a minimizar a enorme diversidade cultural do continente e a esconder a
profunda influência que os intelectuais negros engajados nesse movimento
receberam das idéias dominantes na Europa e nas Américas.
Explicita uma preocupação essencialmente
filosófica com as questões da razão e da modernidade
em que, tratando da modernização da África, faz uma
brilhante análise crítica de algumas posições
adotadas por Max Weber.
Levanta questões políticas, mas converge para a discussão
teórica, fundamental no mundo contemporâneo, da construção
de identidades raciais, étnicas, nacionais e supranacionais.
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Armando LAMPE (org.) Ética
e a Filosofia da Libertação.
Petrópolis, Vozes, 1995
Publicado em junho de 1995, trata-se
de um Festschrift, organizado pelo CEHILA, em comemoração
aos 60 anos de Enrique Dussel e aos seus 20 anos de trabalho na entidade.
Neste volume todos os textos estão publicados em português
e espanhol.
Na maior parte, os trabalhos tratam
de teologia e história da Igreja e do próprio CEHILA.
Os textos filosóficos, teológicos e históricos de
Dussel são resgatados sem nenhum corte epistemológico que
separe esses campos de elaboração do autor. Isto dá
um caráter abrangente à obra, mas acaba traindo o seu título.
Trata-se de um conjunto de reflexões sobre a práxis de libertação
, mas não propriamente uma obra de filosofia da libertação.
O título não expressa o conjunto do livro e pode provocar
equívocos a um leitor desavisado ou aos críticos da filosofia
da libertação que costumam confundi-la com a teologia da
libertação.
O capítulo 10 traz a relação
dos trabalhos publicados por Dussel em suas várias áreas
de pesquisa.
Com caráter mais filosófico,
destaque-se o valioso capítulo 9 , Para Ler Enrique Dussel, escrito
por Alípio Casali. Na página 231, entretanto, lemos
" ‘Afinal, Dussel é um historiador, filósofo ou teólogo?’,
perguntam-me com freqüência meus alunos, deformados pelo viés
moderno e positivista, da obsessão por fronteiras. ‘Trata-se de
compreender a realidade humana em sua totalidade e em sua exterioridade’,
responder-lhes-ia Dussel". Esta resposta, em nossa compreensão,
não é adequada à questão e pode levar
a uma fuga do problema através de uma ambiguidade.
Que um autor investigue certo fenômeno sob
várias disciplinas, buscando compreende-lo nas suas diversas faces
pode ser algo fecundo. Por outro lado, destacamos, contudo, que o rigor
paradigmático disciplinar na abordagem do objeto investigado não
pode ser considerado algum tipo de deformação. Palavras
como multidisciplinariedade e pluridisciplinariedade não significam
a extinção de paradigmas adequados a cada ciência
ou disciplina em particular. A filosofia não pode partir
de supostos teológicos, ser cultivada para justificá-los
ou confundir-se com a teologia -- ambiguidade esta que a formulação
da resposta citada permite supor. Distinguir a filosofia de Dussel de
suas reflexões teológicas é essencial para que
uma crítica filosófica ao autor possa ser consistente.
A filosofia de Dussel é valiosa e
está em constante processo de reelaboração, buscando
superar os seus pontos mais frágeis. Confundi-la (fundi-la em conjunto)
com a sua teologia é afirmar que a adesão às suas
teses se faça por uma questão de fé teológica
e não pela força de seus argumentos racionais, que se constróem
a partir de uma razão ética originária -- construção
essa destacada por Dussel em seu debate
com Karl-Otto Apel no diálogo Norte-Sul.
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Ilda Righi DAMKE. O
Processo do Conhecimento na Pedagogia da Libertação.
As Idéias de Freire, Fiori
e Dussel. Petrópolis, Vozes, 1995, 165pp.
Como escrevem os editores, "um dos grandes méritos
de Freire consiste em reconhcer o povo, o trabalhador, o oprimido, como
sujeito do conhecimento. Fiori sintetiza todo o alcance de uma pedagogia
da libertação no título "Aprender a dizer a sua palavra".
Dussel, o mais importante dos filósofos da libertação,
oferece uma contribuição decisiva para a construção
de um conhecimento filosófico e científico enraízado na experiência,
na cultura, na história e nas utopias dos povos periféricos.
A autora estabelece entre estes autores um diálogo profundo a partir
de sua experiência como educadora numa perspectiva da educação
libertadora, tanto na escola quanto em movimentos populares."
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Enrique DUSSEL. Filosofia da Libertação
- Crítica à Ideologia da Exclusão.
São Paulo, Edições
Paulinas, 1995
Esta publicação traz um conjunto
de diálogos críticos de Dussel com Apel, Ricoeur,
Taylor e Rorty.
Trata-se da tradução de Apel,
Ricoeur, Rorty y la Filosofía de La Liberación, Universidade
de Guadalajara, Guadalajara (México), 1993, 208p. A tradução
em inglês foi publicada por Humanities Press, New York
, 310 p.
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Samuel SILVA GOTAY. Cristentum
und Revolution in Lateinamerika und der Karibik.
O livro El Pensamiento Cristiano Revolucionário
en América Latina y el Caribe de Samuel Silva Gotay,
que havia sido traduzido ao português e publicado pelas Edições
Paulinas em 1986, foi agora traduzido ao alemão com o título
Cristentum und Revolution in Lateinamerika und der Karibik.
Esta obra foi apresentada em 1978 pelo autor
para a coleção do grau de Doutor em Estudos Latinoamericanos,
na Faculdade de filosofia da Universidade Nacional Autônoma do México
e investiga as implicações da Teologia da Libertação
para a sociologia da Religião, em especial para a sociologia marxista
da religião.
Trata-se de "um estudo histórico
do desenvolvimento do pensamento cristão, sociológico e teológico
da América Latina na década de formação da
teologia da libertação, e inclui todas as diversas
correntes e movimentos", recuperando inclusive diversas elaborações
de teólogos não-católicos que tratam da libertação.
Este estudo não tem como
objetivo investigar, especificamente, a Filosofia da Libertação,
embora aborde temas tratados por diversas correntes filosóficas
latino-americanas. Este valioso trabalho é leitura indispensável
para uma compreensão criteriosa da Teologia da Libertação
desenvolvida na América Latina em seu período emergente nas
décadas de 60 e 70, em especial pelo seu vasto trabalho de pesquisa
bibliográfica e o trato com esta documentação
que vai sendo analisada no correr do trabalho.
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Carlos MATO. Antropocentrismo/Humanismo,
Montevidéu, Editorial Roca, 1995
Este livro do professor Carlos Mato reúne
reflexões desenvolvidas em exposições feitas
em ocasiões distintas, que são aqui integradas com temáticas
confluentes. Em suas reflexões sobre 1) A noosfera,
2) Filosofia e cultura, 3) Metafísica pós-crítica:
homem, Mundo, Deus , Carlos Mato comenta elementos
de Teilhard Chardin, Arturo Ardao, Edgar Morin, Descartes, Kant e
Juan Luis Segundo. A quarta parte da obra é dedicada a uma
seleção de textos, acompanhada de uma bibliografia atualizada
dos trabalhos do teólogo Juan Luis Segundo, onde se
inclui um excerto sob o título Liberdade e Libertação
(p.70-85) no qual Segundo busca esclarecer, desde o ponto de vista teológico,
o significado fecundo desses conceitos.
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VÁRIOS. Bibliografia Básica
para Construção de Curso de Filosofia.
Juiz de Fora, UFJF, 1996, 98
pp.
Sob coordenação do professor Juarez
Gomez Sofiste, este catálogo foi organizado como atividade
do Projeto de Pesquisa e extensão intitulado "Filosofia no 2o.
Grau - Diagnóstico e Propostas de Ação", desenvolvido
pelo Núcleo de Estudos Filosóficos da UFJF. Como diz a apresentação
do volume "o objetivo fundamental de tal projeto é estabelecer
um diálogo com os professores de filosofia do 2o. Grau, visando
à melhoria da qualidade do ensino de filosofia. Constatamos
que uma das dificuldades fundamentais do professor diz respeito ao acesso
que este tem a bibliotecas e, conseqüentemente, a uma boa bibliografia.
Daí, a idéia da publicação de presente catálogo,
no sentido de informação e atualização de material
para a construção de um curso de filosofia. // A bibliografia
apresentada constitui uma seleção dos principais textos especificamente
consagrados ao ensino de filosofia no 2o. Grau e de textos auxiliares"
(p.1-2)
O catálogo apresenta 93 títulos
publicados em português que podem ser encontrados nas bibliotecas
ou livrarias, privilegiando-se publicações recentes que
possuem propostas novas que contribuem, conforme opinião dos organizadores,
para o ensino da filosofia no 2o. Grau, os livros de caráter
abrangente abordando áreas da filosofia e áreas afins e "obras
ligadas à filosofia latino-americana, pela pertinência e atualidade
da proposta de um estudo comprometido ética e politicamente com
a transformação da nossa realidade e da própria filosofia"(
p.2-3). Cada indicação bibliográfica é
acompanhada de uma resenha de apresentação do livro, que
foram elaboradas utilizando-se dados dos livros e, por vezes, comentários
e apresentações trazidas nos próprios livros.
Na página 97 o catálogo apresenta um índice
por assuntos, onde os títulos foram agrupados por 19 chaves
distintas.
Sendo o principal objetivo do projeto "...estabelecer
um intercâmbio mais constante [ entre os professores ] para a união
de forças, visando melhorar a qualidade do ensino da Filosofia"
(p.98) os organizadores solicitam sugestões para aprimoramento do
catálogo e outras sugestões para o projeto como todo.
Endereço para correspondência:
Departamento de Filosofia - ICHL - UFJF
Aos cuidados do Prof. Juarez Gomes Sofiste
Rua Benjamin Constant, 790
36015-400 Centro - Juiz de Fora - MG
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